sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Estudo sobre Caridade

VÍDEO: Estudo Fórum Espírita: "Caridade"



Gostaria de agradecer, na oportunidade, ao Fórum Espírita (www.forumespirita.net) por disponibilizar gratuitamente este vídeo no YouTube.

O MISTÉRIO DA DIVINDADE

O mistério da Divindade está distante da compreensão humana, por faltarem ao homem sentidos para tal. As seqüências misteriosas dos Espíritos a Deus são infinitas e os caminhos são igualmente sem fim. O crescimento da alma vai lhe dotando de poderes, de sorte a conhecer mais profundamente o mundo espiritual e as leis que governam toda a criação divina; todavia, essas leis são agentes movidos pela, Sua poderosa mente, que abrange toda a extensão Universal.

No estágio em que nos encontramos, encarnados e desencarnados, não devemos pensar em conhecer a intimidade de Deus. É, pois, querer saltar para o inconcebível, desrespeitando a harmonia da gradatividade, da sabedoria maior. Alguns homens inexperientes afirmam que não existem mistérios para os espiritualistas. Como se enganam esses nossos irmãos! Quanto mais nos conhecemos, mais sabemos que nada sabemos, em se falando das dimensões que se escondem nas dobras da escala evolutiva e nos segredos da Divindade. Os que dizem conhecer tudo, nada sabem; são pseudo-sábios diante da sabedoria maior e lhes falta humildade e as primeiras chaves, o conhecimento das regras de viver em harmonia consigo mesmo. Certamente que é o orgulho se movendo em seus sentimentos e a vaidade egoísta iludindo seus corações.

Quando Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, afirma que "fora da caridade não há salvação", está nos mostrando que o ambiente da benevolência prepara e nos ajuda a despertar os talentos internos, de maneira a observarmos outras nuances das leis que até então não tenhamos percebido. A caridade, em todas as suas feições, é força divina no divino aprendizado de todos os Espíritos. E luz nas mãos de quem deseja ser iluminado, é chave que abre muitas portas do saber, porque a caridade é, por excelência, Amor. Quem quiser conhecer mais um pouco dos mistérios de Deus, que faça e viva a caridade, que ela dotará esse trabalho de poderes para essa visão interna, de sentidos apropriados para compreender os efeitos das leis divinas.

Outra coisa valiosa que recomendamos para todas as criaturas é o exercício da oração. Não devemos esquecer a prece em todas as circunstâncias. Ela desata e desenvolve os fios dos pensamentos, impulsionando-os em todas as direções, de acordo com os sentimentos que os geraram, tem a capacidade de recolher os frutos na mesma dimensão em que foram emitidos. Nós somos mundos com imensuráveis qualidades a se desenvolverem, dependendo do que quisermos fazer delas, do nosso esforço e fé nas nossas realizações para o bem próprio e da coletividade.

Se estás em busca de mistérios que muito te atraem, na verdade te dizemos que existem muitos mistérios no mundo íntimo de cada criatura e eis aí a grande oportunidade de estudarmos a nós mesmos e nos deliciarmos com os nossos tesouros íntimos. O amor é qual um sol que se divide em variadas virtudes. Vamos observar esse fenômeno maior dentro de nós, com honestidade nas boas obras, que os véus vão caindo em seqüências que suportamos e a serenidade dominar-nos-á a consciência. Esses são os mistérios menores, representando uma universidade onde deveremos permanecer por um tempo que não podemos determinar. Despertemos para esse trabalho louvável e dignificante, de nos conhecermos a nós mesmos, porque conhecer a Divindade como pretendemos somente será possível depois que nos tornarmos Espíritos Divinos, e, mesmo assim, vamos encontrar em nossos caminhos de luz, mistérios e mais mistérios a desvendar, o que haveremos de fazer com amor e alegria espiritual.

Que Deus nos abençoe nesta jornada infinita do acordar para a Luz!

Estudo sobre Mediunidade e Chico Xavier

VÍDEO: Estudo "Mediunidade e Chico Xavier"


Gostaria de agradecer, na oportunidade, ao Fórum Espírita (www.forumespirita.net) por disponibilizar gratuitamente este vídeo no YouTube.

A NATUREZA DE DEUS

A natureza íntima de Deus escapa aos sentidos humanos, em toda a sua trajetória evolutiva. Somente Deus se conhece. É o que não acontece conosco; nós não nos conhecemos. Os mistérios a desvendar são infinitos, em relação à Divindade. Na profundidade, ainda desconhecemos a própria matéria que nos serve de veículo e, portanto, estamos longe de conhecer o seu criador. Parar de estudar a Sua personalidade majestosa é desconhecer o valor do progresso, que sempre nos convida para avançar; porém, dar saltos incompatíveis com as nossas forças é quebrar a tónica da nossa capacidade.

A ansiedade de conhecimento pode nos levar aos extremos, no entanto, o bom senso nos chama a atenção para a harmonia que deverá nos guiar em todas as seqüências evolutivas. Basta, por enquanto, saber que Ele existe e aprender algo mais sobre Seus atributos, que o tempo, impulsionado pela nossa vontade, dar-nos-á ambiente favorável de sentirmos a Divindade em nós, o que já representa um grande avanço na esteira dos evos.

Se os homens ainda não se libertaram de muitos hábitos extravagantes e vícios perniciosos, como querer conhecer a natureza íntima de Deus? Cada vício é uma porta fechada em direção às belezas imortais da alma. Cada hábito inconveniente é uma tranca ajustada à porta, impedindo a inspiração superior de chegar ao coração humano.

Estamos muito apegados às coisas de criança, pela força do nosso tamanho evolutivo. A mente cresce no ritmo que as leis determinarem, sem com isso perturbar o andamento da ponderação. Não devemos entregar os nossos deveres a Deus. Ele está sempre presente pelos meios que acha conveniente; entretanto, a nossa parte temos de fazê-la, e, ainda mais, aprender a fazê-la bem. Enquanto permanecermos na ignorância, sofreremos as suas conseqüências. A justiça vibra em toda a criação como agente de Deus, acompanhada pela misericórdia do Seu amoroso coração, que bate dentro do infinito, no ritmo da Luz.

Quando nos faltam sentidos para conhecer alguma coisa a mais dos nossos conhecimentos, o que fazer? Toma-se necessário estudar na área em que nos compete agir, procurar aprimorar os conhecimentos já adquiridos, fortificar em nossas vidas todas as qualidades nobres que começaram a se despertar em nossos corações. O trabalho é imenso, a lavoura é grande, sem que saiamos do nosso próprio convívio íntimo. Esquecer esse labor, é perder os princípios da verdadeira sabedoria. Vamos ainda gastar milhões de anos para conhecermos o começo das lições eternas. Como avançar agora para áreas cujos registros os nossos sentidos não suportam?

Se a luz do Sol físico, para chegar à Terra, passa por muitas filtragens e se divide em raios incontáveis para nos beneficiar todos, o que dizer da luz do Sol espiritual? A razão nos diz que ela tem infinitas modificações para ajudar, servindo de estímulo a todas as vidas. Toda verdade é relativa ao ambiente a que deve chegar. Quem desconhece as leis naturais que vigoram no mínimo movimento dos átomos nos mundos que bailam nos espaços, não poderá conhecer essas mesmas leis que regulam a harmonia do seu próprio corpo, ou dos corpos que servem ao Espírito, para se expressar onde se encontra. Procuremos, pela meditação, entender quem nos governa e sejamos obedientes a essa força universal, que tudo se tornará sereno em nosso íntimo e ao nosso derredor.

Se queremos principiar o estudo da natureza íntima de Deus, é necessário termos a pureza de coração, que indica as primeiras letras dessa sabedoria do conhecimento de si mesmo. Os caminhos são infinitos, como infinitos são os nossos destinos ante o Todo Poderoso, que nos fez por Amor.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As fobias e a reencarnação

MENSAGEM:

Uma psicóloga norte-americana foi procurada para atender um adolescente, portador de problema singular.

Desde a infância, o garoto trazia uma fobia com relação ao bater das asas dos pássaros mas, foi na adolescência que o problema se intensificou e os pais buscaram a ajuda de um profissional.

Quando percebia um pássaro pousando, o movimento das asas lhe causava crises terríveis culminando em desmaio.

A psicóloga buscou, com todos os recursos de que dispunha, uma forma de ajudá-lo.

Provocou, por inúmeras vezes, a regressão de memória até ao útero materno e não conseguia descobrir as origens do desequilíbrio.

Materialista convicta, a profissional só admitia uma única existência e buscava a resposta a partir da vida no ventre materno.

Mas, como os anos rolaram sem que pudesse resolver a questão, e porque o desafio se tornasse cada vez maior, numa das sessões de regressão resolveu deixar que o jovem fosse mais além.

Embora não acreditasse na teoria da preexistência do Espírito, foi nesse universo desconhecido que encontrou a origem do trauma.

O jovem, então com 21 anos, mergulhou no seu passado e se viu como soldado, lutando na Segunda Guerra Mundial.

Descrevia seu drama com detalhes. Estava em meio a uma batalha, juntamente com os demais soldados, quando houve uma grande explosão e todos foram atingidos.

Ele também fora atingido pelos estilhaços da bomba mas não morrera de imediato, ficando apenas semiconsciente.

Após baixar a poeira, vieram os tratores e juntaram os inúmeros corpos em monturos, deixando-os para serem enterrados em covas coletivas mais tarde.

Nessa ocasião, ele, que estava agonizante mas não morto, fora arrastado para o monturo com os demais cadáveres, ficando sobre os demais.

E porque demorassem para soterrar os corpos, os abutres buscaram neles o seu alimento.

Quando os abutres sentavam sobre seu corpo, ele percebia o bater das asas e sentia suas carnes sendo dilaceradas com violência.

Essa cena se repetiu por muitas horas, até que a morte física se consumasse.

Embora rompidos os laços do corpo físico, aquele Espírito ficou impregnado das sensações horríveis dos últimos momentos, a ponto de trazer o desequilíbrio para a nova existência, em forma de fobia.

Não é preciso dizer que a doutora materialista rendeu-se aos fatos e mudou seu pensamento a respeito da vida.
*   *   *
Muitos medos e traumas cujas causas não estão na presente existência têm suas raízes em um passado mais ou menos distante, em existências anteriores.

O Espírito recebe um novo corpo em cada nova existência, mas traz consigo os problemas não resolvidos de outros tempos.

Por esse motivo é importante que olhemos para as pessoas como Espíritos milenares, mesmo que estejam albergados temporariamente num corpo infantil.

Percebendo a vida sob esse ponto de vista, teremos mais e melhores possibilidades de ajudar as criaturas que trazem dificuldades, começando por nós mesmos.
*   *   *
Redação do Momento Espírita
Em 22.12.2009.
" Espiritismo anda no ar: Difunde-se pela força mesma das coisas porque torna felizes os que o professam." (Allan Kardec)

Para onde vamos durante o sono

MENSAGEM:

Era manhã de sol nas proximidades do mar.

A esposa despertara ansiosa por narrar ao marido a experiência que tivera na noite anterior.

Estavam fisicamente separados por cerca de 5 dias, em cidades diferentes, e a saudade já batia forte.

Há mais de trinta anos dividiam a mesma cama, a mesma vida, e qualquer rápida separação já era sentida por ambos.

Tomando do telefone, então, ela lhe conta, que na noite anterior tivera uma sensação muito especial.

Deitada na cama, nos primeiros instantes do sono, sentira o perfume dele, como se ele tivesse acabado de sair do banho, e se colocado ao seu lado, como sempre o fazia em casa.

Além do aroma agradável, percebeu uma presença muito forte, como se ele realmente estivesse ali.

Virou-se rapidamente, mas não havia ninguém.

O marido, do outro lado da linha, ouvia tudo também emocionado.

Quando ela terminou a narração, foi a vez dele dizer:

Pois também vivi uma experiência singular nesta noite.

Na madrugada, acordei com a certeza de que você estava dormindo ao meu lado. Tinha certeza que você estava ali. Mas quando olhei para o seu lugar na cama, nada vi.

Terminam os dois a conversa, surpresos, dizendo:

É... acho que nos encontramos esta noite!

Muitos de nós temos histórias muito peculiares sobre o período do sono.

Aqueles que conseguem lembrar mais claramente dos sonhos trazem experiências muito ricas, por vezes, e que merecem nossa análise.

Para onde vamos durante o sono? Todas essas lembranças serão apenas produto do cérebro?

O Espiritismo vem nos elucidar, afirmando que durante o período do sono, a alma se emancipa, isto é, se afasta do corpo temporariamente.

Desta forma, o que conhecemos como sonhos são as lembranças do que o Espírito viu e vivenciou durante esse tempo.

Quando os olhos se fecham, com a visitação do sono, o nosso Espírito parte em disparada, por influxo magnético, para os locais de sua preferência.

Através da atração produzida pela afinidade, procuramos muitas vezes aqueles que nos são caros, amigos, parceiros e amores.

Por isso é que aqueles que muito se amam na Terra, podem se encontrar no espaço, e continuarem juntos.

É assim que encontramos Espíritos amados, que já não se encontram conosco fisicamente, e partilhamos com eles momentos inesquecíveis.

Por vezes lembramos, por outras tantas não, mas sempre conservamos no íntimo bons sentimentos, ou a sensação de ter vivido experiência agradável.

O Espírito sopra onde quer, e mesmo durante nosso aparente repouso, perceberemos que ele está em atividade, sempre.
*   *   *
Podemos nos preparar melhor para conseguirmos ter bons sonhos.

Obviamente que os acontecimentos do dia, e nosso estado emocional irão influenciar nossas experiências oníricas, mas podemos tomar alguns cuidados a mais para aproveitar melhor este período:

uma leitura salutar,
a oração sincera,
uma música suave que nos acalme,
alguns momentos de meditação.

Todos estes ingredientes colaboram para que as últimas impressões do dia sejam positivas, e sejam levadas conosco, favorecendo a emancipação da alma.

Assim, tenha bons sonhos...
*   *   *
Redação do Momento Espírita com base no cap. 17, do livro Estudando a mediunidade, de Martins Peralva, ed. Feb.
Em 17.3.2008.
"A missão do Espiritismo é educar para salvar... Educar: eis o rumo a seguir, o programa do momento." (Vinicius, "Em torno do Mestre")

Nossos sonhos

MENSAGEM:

Você sonhou esta noite? Não se recorda?

O que é o sonho? Ele é o produto da liberdade que goza a alma, que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa.

O sonho pode ser dividido em três categorias principais. O primeiro é o chamado sonho ordinário ou cerebral. É simplesmente o reflexo das impressões e imagens arquivadas no cérebro durante o período de vigília.

Ao adormecermos, tais imagens se liberam sem direção consciente e então temos cenas indecisas, sem sentido, sem coordenação. E que permanecem na memória.

Estados de sofrimento ou de doenças, facilitando o desprendimento do Espírito, aumentam ainda mais a incoerência e a intensidade dos sonhos. As impressões e imagens se chocam e se confundem.

A segunda categoria se dá quando o Espírito flutua na atmosfera, sem se afastar muito do corpo. Mergulha no oceano dos pensamentos e imagens que rolam, de todos os lados, pelo espaço.

Aí colhe impressões confusas. Tem estranhas visões. Sonhos inexplicáveis.

Também pode, nesse estado, mergulhar no passado, rever acontecimentos desta ou de anteriores vidas.

Esses sonhos, de uma infinita diversidade, conforme o grau de liberdade do Espírito, afetam sobretudo o cérebro físico. É por isso que deles conservamos a lembrança ao despertar.

O sonho profundo ou sonho espírita se dá quando o Espírito fica mais livre do corpo. Desprende-se da matéria e vai ao encontro dos seres amados, seus parentes, seus amigos, seus guias espirituais.

Também pode se encontrar, nesse estado, com outras almas, no momento encarnadas na Terra. Desses sonhos, o Espírito conserva impressões, que nem sempre afetam o cérebro físico.

Mas se gravam na consciência e depois surgem, no transcorrer dos dias, como pressentimentos, intuições, etc.

É por isso que o provérbio diz: A noite é boa conselheira.

São também registrados, com frequência, fenômenos de premonição durante os sonhos.

A mulher de Júlio César sonha com o assassínio do marido e tudo faz para que ele não vá ao Senado, naquele dia.

Abraão Lincoln, Presidente dos Estados Unidos, sonhou que se achava em uma calma como de morte. Ouviu soluços. Percorreu várias salas e no centro de uma delas viu um corpo deitado, vestido de preto, guardado por soldados. Enorme multidão chorava.

Quem morreu na Casa Branca? - perguntou. Um soldado respondeu: O Presidente. Foi assassinado. Pouco tempo depois ele morria assassinado.

E os pesadelos? São produto dos nossos desejos, recordações ou experiências espirituais inferiores, devido a um estado mental conturbado.

O maior antídoto contra os pesadelos é buscar manter o pensamento e a vontade ligados no bem. Uma boa vivência diária, uma boa leitura antes de dormir, oração sentida são excelentes recursos para termos bons sonhos.

Ainda uma vez, quem vive o bem, também sonha o bem.
*   *   *
Os sonhos não são verdadeiros como entendem os ledores da sorte.

É absurdo, pois, pensar que sonhar com uma coisa anuncia outra.

As preocupações do dia podem dar àquilo que se vê em sonhos, a aparência do que se deseja ou se tem medo. É um efeito da imaginação.

As interpretações supersticiosas, que pretendem relacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, devem ser repudiadas.

Gasta-se com isso preciosos recursos e oportunidades da existência.
*   *   *
Redação do Momento Espírita com base nos itens 400 a 412 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb; no cap. 13 do livro No invisível, de Léon Denis, ed. Feb e no cap. 30 do livro Conduta espírita, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb.
Em 10.11.2009.
"Se Allan Kardec tivesse escrito que 'fora do Espiritismo não há salvação', eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...” (Chico Xavier)

Esgotamento nervoso

MENSAGEM:

Um psiquiatra teve oportunidade de abordar a delicada questão da doença mental, mencionando alguns preconceitos das pessoas.

Afirmava ele, em bem elaborado artigo, que quase sempre quando a doença mental se apresenta, as pessoas falam que ela é produto de esgotamento nervoso.

E, como causa do tal esgotamento estariam todos os grandes esforços que o ser humano realiza.

Um exemplo clássico é o do personagem de Miguel de Cervantes, Dom Quixote, cujo desequilíbrio é atribuído aos seus muitos estudos.

Um outro motivo é o trabalho. Ora, diz o psiquiatra que a ciência médica nos aponta que nem o trabalho, nem o estudo são responsáveis por desgaste de nervos.

O que ocorre, sim, é que as pessoas têm conflitos interiores e, num processo de fuga, se entregam a estudos e trabalhos extenuantes.

Quando os desequilíbrios emocionais se apresentam, então culpam a um e outro como causas de seus sofrimentos.

Fosse o trabalho algo que pudesse desequilibrar o homem não o teria o Mestre Jesus recomendado, assinalando ainda que Ele e o Pai trabalhavam sem cessar.

Nas Suas pregações, Ele Se refere repetidas vezes aos trabalhadores. Fala dos trabalhadores da primeira e da última hora, dignos todos do salário.

Fala de semeadores, de guardadores de ovelhas. Discorre sobre o homem que trabalha no campo e encontra um tesouro. Da mulher que perde seu dinheiro e varre toda a casa, à sua procura.

E, para assinalar que a ociosidade é algo danoso, usa a figura da figueira estéril, que seca, por nada produzir.

Finalmente, Ele mesmo, às despedidas, na última ceia com os discípulos, toma de uma toalha, uma bacia com água e lava os pés dos Seus Apóstolos.

Fosse o estudo algo danoso e não o recomendariam os luminares do Senhor Jesus. Ele próprio afirmou que a verdade nos libertaria.

Como conhecer a verdade, senão nos submetendo a estudos?

Como venceria o homem a enfermidade se não se dobrasse sobre livros e microscópios, em exaustivas pesquisas?

Sem o estudo não teria alcançado as conquistas de se projetar para além da Terra e alcançar a Lua.

Não mandaria sondas para o espaço, não teria vencido a batalha contra pestes e enfermidades.

Fosse o estudo pernicioso e não teríamos tantos exemplos de homens e mulheres, ao longo da História que se dobraram aos anos, mantendo-se lúcidos e ativos. Graças aos seus profundos estudos, igualmente, todos nos beneficiamos.

Por isso, estudemos e trabalhemos, sem receios, naturalmente dentro dos limites de nossas possibilidades físicas e mentais.

Com certeza, isso nos deixará muito felizes, tanto quanto nos poderemos transformar em instrumento de felicidade para as pessoas que convivem conosco.
*   *   *
A poetisa mexicana Juana Inés de La Cruz, que viveu no século XVII, estudou música, teologia moral, medicina e astronomia.

Ela chegou a organizar uma biblioteca com quatro mil volumes.

E Vicente de Paulo, já passados seus sessenta anos, continuava a se levantar às cinco da manhã. Ele orava, pregava e ensinava, mesmo depois de as pernas não mais lhe permitirem se locomover à vontade.

Ambos desencarnaram atuantes e lúcidos, servindo ao próximo.
*   *   *
Redação do Momento Espírita, com informações colhidas do artigo Esgotamento nervoso existe?, de Paulo de Tarso Monte Serrat, publicado no jornal Gazeta do povo, de 24.09.1999.
Em 26.01.2011.
"O Espiritismo, que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional." (Allan Kardec)

A busca do amor

MENSAGEM:

Em plena juventude, como fruto verde que aguarda a primavera, esperei intensamente pelo amor.

Todas as manhãs, abria a janela de minha alma e esperava que o novo dia me trouxesse o amor.

E porque ele tardasse a chegar, fechei as portas e janelas, selei os portões e saí pelo mundo.

Andei por caminhos inúmeros e estradas solitárias. Por vezes, ouvia o cortejo do amor que passava ao longe. Corria e o que conseguia ver era somente corações em festa, risos de alegria. O amor passara e eu continuava só.

Algumas noites, chegando às cidades com suas mil luzes piscando vida, ousava olhar para dentro dos recintos. Via mães acalentando filhos, cantando doces canções de ninar; casais trocando juras; crianças dividindo brincadeiras entre risos e folguedos.

Em todos estava o amor. Somente eu prosseguia solitário e triste.

Depois de muito vagar, tendo enfrentado dezenas de invernos, resolvi retornar.

De longe, pude sentir o perfume dos lírios. Quando me aproximei, pude ver o jardim saudando-me.

Você voltou! - Falaram as rosas, dobrando as hastes à minha passagem.

Seja bem vindo! - Disseram as margaridas, agitando as corolas brancas.

É bom tê-lo de volta. - Saudaram os girassóis, mostrando suas coroas douradas.

Tanto tempo havia se passado e, de uma forma mágica, os jardins estavam impecáveis. As cores bem distribuídas formavam arabescos na paisagem.

Uma emoção me invadiu a alma. Abri as portas e janelas do meu ser. Debruçado à janela da velhice, fitando a ponte que me levará para além desta dimensão, o amor passa por minha porta.

Apressadamente, coloco flores de laranjeira na casa do meu coração. Atapeto o chão para que ele entre, iluminando a escuridão da minha soledade.

Tremo de ternura. Já não sofro desejo, nem aflição.

Os olhos felizes do amor fitam os meus olhos quase apagados, reacendendo neles a luz que volta a brilhar.

Há tanta beleza no amor que me emociono.

Superado o egoísmo, não lhe peço que entre e domine o meu coração rejuvenescido.

Em razão disso, agora que descubro de verdade o que é o amor, não o retenho. Deixo-o seguir porque amando, já não peço nada. Agora posso me doar aos que vêm atrás, em abandono e solidão.

Aprendi a amar.
*   *   *
Feliz é a criatura que descobriu que o melhor da vida é amar.

Feliz o que leu e entendeu o cântico do pobre de Assis: É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é melhor amar que ser amado.

Por ser de essência Divina, o amor supre na criatura todas as suas necessidades e a torna feliz, mesmo em meio às dificuldades, lutas e tristezas.
*   *   *
Redação do Momento Espírita, com base no cap. LVII, do livro Estesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 25.01.2011.
"O amor é o coração do Evangelho e o espírito do Espiritismo chama-se caridade." ("Opinião Espírita")

Alguém para amar

MENSAGEM:

O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.

O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.

Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:

Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.

Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.

Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.

Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.

Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.

Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.

Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.

Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.

Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária. Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.

Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.

Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.

Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.

Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.

Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
*   *   *
O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO. Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.

Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.

Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.

Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: É melhor amar do que ser amado.
*   *   *
Redação do Momento Espírita,com base no cap. 20 do livro Vida e mensagem, pelo Espírito Francisco de Paula Vítor, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter e no poema de Madre Teresa de Calcutá, intitulado Dai-me alguém para amar.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 7, ed. Fep.
Em 20.01.2011.
" Espiritismo anda no ar: Difunde-se pela força mesma das coisas porque torna felizes os que o professam." (Allan Kardec)

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