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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aborto delituoso

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!

Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos Espíritos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
14a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2001.
"O Espiritismo , que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional." (Allan Kardec)

domingo, 21 de novembro de 2010

Suicídio: a porta falsa

MENSAGEM:
Desde que bebera a substância venenosa, Marina sentia-se morrer, sem morrer.
Não queria viver mais. Experimentara o desprezo de Jorge, o jovem de quem se enamorara e com quem acariciava o sonho de casar-se e criar os filhos.
Foram dois anos de esperanças. Tudo em vão.
Não dera ouvidos ao pai que costumava dizer-lhe: Cuidado com os rapazes de hoje, filha, nem sempre têm bom caráter. Achava o paizinho antiquado e exigente.
Mas como resistir? Jorge a buscava todas as noites. Começou pedindo livros emprestados. Depois de algumas semanas estavam juntos no cinema.
O filme era envolvente. Contava a história de uma jovem tímida, contrariada pela família, que se entregara ao rapaz, com quem fugiu, confiante.
Ninguém poderia dizer o que aconteceria depois, mas o cinema coroara a aventura com um romântico beijo.
Na saída, a garoa fina. Jorge a convidou para um passeio. Marina pensava na heroína do filme, e não teve coragem de dizer não.
Pela primeira vez Marina mentiu à mãezinha que a esperava, ansiosa, às três horas da madrugada. A chuva atrapalhou, mãe, ficamos na casa de Jorge até agora.
Outros tantos passeios a sós se repetiram até que um dia Marina sentiu-se enjoada e com tonturas.
Jorge a levou ao consultório de um médico, ainda jovem, que a olhava com ares de malícia.
A moça ficou um tanto revoltada diante dele, mas submeteu-se ao abortamento.
Desejava ser mãe, mas o namorado convenceu-a de que era preciso se casarem antes. Terminariam os estudos e então se casariam.
Daquele dia em diante Marina sentia-se diferente. Via-se perseguida, em sonho, por alguém que lhe gritava aos ouvidos: Mãe, mãe, por que me mataste?
Contou seu drama ao namorado mas ele dizia que ela estava precisando de um psiquiatra.
O tempo passou e Marina sentia-se cada vez mais atormentada. Toda vez que falava sobre isso com Jorge ele a acalmava dizendo que logo se casariam.


Aborto não realizado

MENSAGEM:
A gravidez veio na hora indesejada, lembrava-se Laura.
Veio na hora errada e ainda trazia riscos de várias ordens.
A saúde debilitada, problemas familiares, o desemprego...
Seu primeiro impulso foi o aborto. Tomou uns chás que, em vez de resolver, a debilitaram ainda mais.
Recuperada, buscou uma dessas pessoas que arrancam, ainda no ventre, o chamado problema das mães que não desejam levar adiante a gestação.
Naquele dia, a parteira havia adoecido e faltara.
Laura voltou para casa preocupada, mil situações lhe passavam pela mente.
À noite, deitou-se e custou a adormecer, mas foi vencida pelo sono. No sonho, viu um belo jovem pedindo-lhe algo que, na manhã seguinte não soube definir.
Durante todo o dia não conseguiu tirar aquela imagem da mente, de sorte que esqueceu a gravidez.
Na noite seguinte voltou a sonhar com o mesmo jovem, só que acordou com a agradável sensação de tão doce quanto agradável Obrigado.
Era como se ainda visse seus lábios pronunciando palavras de agradecimento, enquanto de seu coração irradiava uma paz indefinível.
Desistiu do aborto.
Enfrentou tudo, superou todos os riscos e saiu vitoriosa...
Hoje, passados 23 anos do episódio, ouve emocionada seu belo e jovem filho pronunciar, do púlpito da solenidade de sua formatura, ante uma extasiada multidão:
...Agradeço sobretudo à minha mãe, que me alimentou o corpo e o Espírito, dando-me não só comida, mas carinho, companhia, amor e, principalmente, vida.
E, olhando-a nos olhos, o filho pronunciou, num tom inconfundível:
Obrigado!
Ela não teve dúvidas. Foi o mesmo Obrigado, doce e agradável de um sonho, há 23 anos...
*   *   *
A mulher que nega o ventre ao filho que Deus lhe confia, nega a si mesma a oportunidade de ouvir a cantiga alegre da criança indefesa a rogar-lhe carinho e proteção.
Perde a oportunidade de dar à luz um Espírito sedento de evolução, rogando-lhe uma chance de reencarnar, para juntos superarem dificuldades e estreitarem laços de amizade e afeto.
Se você, mulher, está passando pela mesma situação de Laura, mire-se no seu exemplo e permita-se ser mãe.
Permita-se sentir, daqui alguns meses, o agradecimento no olhar do pequenino que lhe roga o calor do colo e uma chance de viver.
Conceda-se a alegria de, daqui alguns anos, ornamentar o pescoço com a jóia mais valiosa da face da Terra: os bracinhos frágeis da criança, num abraço carinhoso a lhe dizer:
Obrigado, mamãe, por ter me permitido nascer e crescer, e fazer parte desse Mundo negado a tantos filhos de Deus.
*   *   *
Todos nós voltaremos a nascer um dia...
Se continuarmos negando oportunidades de reencarnação aos Espíritos com os quais nos comprometemos antes do berço, talvez estejamos negando a nós mesmos a chance de uma mãe ou pai, no futuro.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base em história 
publicada no Jornal Caridade, de maio/junho 1997.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 3, ed. Fep.
Em 22.04.2009.

sábado, 20 de novembro de 2010

Um dever de consciência

MENSAGEM:
O fato de médicos e hospitais de vários municípios do Rio Grande do Sul terem se recusado a fazer o abortamento em uma adolescente de 14 anos, apesar da autorização judicial que trazia consigo, foi manchete nas mídias, no ano de 2005.
Segundo as notícias, a jovem disse que sua gravidez foi fruto de estupro e obteve do juiz a permissão para realizar o aborto, isentando médicos e hospitais que se dispusessem a eliminar a vida que pulsava em seu ventre.
Embora o juiz tenha autorizado o aborto, não lhe caberia o direito de obrigar ninguém a realizar o feito, pois nem sempre a legalidade de um ato o torna moral.
O que vale ressaltar na atitude desses médicos, é a consciência do dever. O dever de defender a vida, assumido perante si próprios.
O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros.
Ao concluírem o curso os médicos fazem um juramento, o mesmo juramento feito por Hipócrates, um sábio grego que viveu no século V antes de Cristo, e é considerado o Pai da Medicina.
O juramento diz o seguinte:
Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.
Darei, como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão. Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.
A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.
Respeitarei os segredos a mim confiados. Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica. Meus colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.
Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção.
Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.
Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra.
Ao fazer tal juramento, o médico passa a ter um dever moral consigo mesmo. E, se o violar, estará ferindo a própria consciência.
Ao se comprometer com esse ideal, o médico também estabelece o dever para com os outros, que é o segundo passo do dever ético-moral.
Lamentável é que muitos desses homens e mulheres que juraram, solene e livremente, que manteriam o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção, usem seus conhecimentos médicos para eliminar a vida que pulsa no santuário do ventre materno.
Por outro lado, é admirável a coragem e a honra desses homens e mulheres que não se permitem sujar as mãos com sangue inocente, mesmo sob qualquer pressão.
Isso porque sabem que, se agirem em desacordo com o juramento feito por livre vontade, não terão como se olhar no espelho da consciência e enxergar um cidadão honrado.
*   *   *
O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas.
O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.
O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho.
O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade.
Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da Sua obra resplandeça a seus próprios olhos.

Redação do Momento Espírita, com base no item 7 do


 cap. XVII de O Evangelho segundo o Espiritismo,
 de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 24.09.2009.

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