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domingo, 21 de novembro de 2010

Suicídio

MENSAGEM:
Era manhã de sábado. Tocou o telefone e alguém atendeu.
Uma voz masculina, embargada pela emoção, a duras penas, começou o diálogo.
Desejava saber o que a Doutrina Espírita tinha a dizer sobre o suicídio. Qual seria, segundo o Espiritismo, a sorte daqueles que acabam com a própria vida.
Disse que estava com o firme propósito de pôr fim à vida miserável que estava levando há cerca de dois meses.
Salientou que sua falência fora decretada em cidade distante noutro Estado do Brasil. E, para fugir ao escândalo, mudou-se de cidade em busca de uma oportunidade, mas em vão.
Agora, segundo afirmava, desejava fugir definitivamente da vida, para resolver de vez por todas seus tormentos.
Ouviu, da pessoa que o atendeu, em rápidas palavras, a posição espírita sobre o suicídio.
Que é uma porta falsa e que aqueles que a buscam na tentativa de acabar com os problemas somente os agravam mais.
Que só se consegue sair do corpo, sem sair da vida, que continua pulsante no além túmulo. Que só quem nos colocou no mundo tem o direito de nos tirar dele. E que esse alguém é Deus, nosso Pai Criador.
Ouviu, ainda, que a sua falência só poderia ser decretada por ele mesmo, agora sim, através do suicídio. Que homem algum poderia fazê-lo.
Que a falência decretada fora a de sua empresa e que, seguramente, se continuasse a trabalhar com disposição conseguiria reverter a situação.
Que Deus jamais nos abandona, muito menos nas horas difíceis da nossa caminhada. Que todos nós, sem exceção, temos um anjo guardião interessado em nossa vitória. Na vitória do Espírito imortal sobre a matéria, sobre os vícios e equívocos.
O homem disse que havia perdido tudo, que estava na miséria, que nada mais lhe restava.

Suicídio: a porta falsa

MENSAGEM:
Desde que bebera a substância venenosa, Marina sentia-se morrer, sem morrer.
Não queria viver mais. Experimentara o desprezo de Jorge, o jovem de quem se enamorara e com quem acariciava o sonho de casar-se e criar os filhos.
Foram dois anos de esperanças. Tudo em vão.
Não dera ouvidos ao pai que costumava dizer-lhe: Cuidado com os rapazes de hoje, filha, nem sempre têm bom caráter. Achava o paizinho antiquado e exigente.
Mas como resistir? Jorge a buscava todas as noites. Começou pedindo livros emprestados. Depois de algumas semanas estavam juntos no cinema.
O filme era envolvente. Contava a história de uma jovem tímida, contrariada pela família, que se entregara ao rapaz, com quem fugiu, confiante.
Ninguém poderia dizer o que aconteceria depois, mas o cinema coroara a aventura com um romântico beijo.
Na saída, a garoa fina. Jorge a convidou para um passeio. Marina pensava na heroína do filme, e não teve coragem de dizer não.
Pela primeira vez Marina mentiu à mãezinha que a esperava, ansiosa, às três horas da madrugada. A chuva atrapalhou, mãe, ficamos na casa de Jorge até agora.
Outros tantos passeios a sós se repetiram até que um dia Marina sentiu-se enjoada e com tonturas.
Jorge a levou ao consultório de um médico, ainda jovem, que a olhava com ares de malícia.
A moça ficou um tanto revoltada diante dele, mas submeteu-se ao abortamento.
Desejava ser mãe, mas o namorado convenceu-a de que era preciso se casarem antes. Terminariam os estudos e então se casariam.
Daquele dia em diante Marina sentia-se diferente. Via-se perseguida, em sonho, por alguém que lhe gritava aos ouvidos: Mãe, mãe, por que me mataste?
Contou seu drama ao namorado mas ele dizia que ela estava precisando de um psiquiatra.
O tempo passou e Marina sentia-se cada vez mais atormentada. Toda vez que falava sobre isso com Jorge ele a acalmava dizendo que logo se casariam.


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