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domingo, 21 de novembro de 2010

Arrependimento e ação

         MENSAGEM:

Dentre as emoções mais amargas sentidas pelos seres humanos está o arrependimento.
Ele chega tardiamente, embrulhado em sombras, trazendo o amargo do fel.
Insinua-se como tóxico penetrante, quando não irrompe desgovernado, produzindo desastre...
Nunca antecipa sua presença, mas quando chega mata a esperança, subjuga a coragem e vence a resistência.
É útil para despertar a consciência e desastroso para a convivência demorada, porque destroi a vida.
Assim, o arrependimento deve ser aproveitado, pela alma que o sente, para elevar-se acima da sua influência perniciosa.
Quando a luz do arrependimento se acende na consciência culpada, esta visualiza, com nitidez, os desatinos cometidos e se julga irremissivelmente perdida.
Mas o arrependimento, ao contrário do que se pensa, é bênção que enseja ao arrependido maturidade e convite à reparação.
É a porta que se abre para que a alma equivocada busque o acerto e se renove para Deus.
Assim, se o arrependimento nos visita, não façamos dele motivo para o desalento.
O agricultor desavisado, que semeia espinhos ao invés de boas sementes, ou desleixado, que permite o alastramento das ervas daninhas, quando se dá conta de que sua lavoura corre perigo, não pode ficar se lamentando, de braços cruzados.
Ao contrário, deve agir rapidamente para recuperar o tempo perdido.
Começa por arrancar os espinheiros e limpar o eito. Depois é tempo de preparar o solo e lançar sementes que produzam bons frutos.
Jesus, profundo conhecedor dos mapas que norteiam a intimidade dos seres, ensinou-nos como proceder quando visitados pelo arrependimento: tomar do arado, e não olhar para trás.
Um exemplo célebre na História do Cristianismo é o de Maria de Magdala.
Mulher jovem e bonita, se comprazia nos prazeres efêmeros e vazios. Mas quando vislumbrou uma proposta de felicidade efetiva, refez as metas, fortaleceu os ânimos e seguiu com coragem.
Não ficou isenta das consequências dos atos pretéritos, mas não vacilou ante o campo que o Mestre lhe ofereceu para ser joeirado.
O profeta Ezequiel escreve, no Antigo Testamento, que o desejo do Criador não é a morte do ímpio, mas a eliminação da impiedade.
Mas para que haja a eliminação da impiedade é preciso que o ímpio caia em si, qual filho pródigo, e volte-se para o Pai.
Assim, se o arrependimento bater nas portas da nossa consciência, acolhamo-lo com a tranquilidade de quem reconhece que se equivocou, mas que deseja, sinceramente, refazer a lição com acerto.
*   *   *
Para evitar arrependimentos futuros convém que façamos, no momento presente, o melhor que estiver ao nosso alcance.
A consciência é guia seguro para nortear nossas atitudes, uma vez que nela estão inscritas as Leis Divinas.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Arrependimento,
 do livro Heranças de amor, pelo Espírito Eros, psicografia 
de  Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 06.08.2009.

sábado, 20 de novembro de 2010

Maturidade espiritual

MENSAGEM:
Durante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo. Acredita que o mundo gira em torno dele próprio.
A criança espera que tudo seja do jeito que gosta.
Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exige a atenção da família toda para si.
É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural da evolução física e a evolução espiritual.
Afinal, homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo de carne.
Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres e necessidades, ele está na infância espiritual.
Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade.
Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazer valer suas prerrogativas.
Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia.
Assim é o discurso infantil a respeito da justiça.
Qualquer pequeno dever é injusto.
A mínima contrariedade representa opressão.
Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais.
A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão do justo.
O olhar já não está todo em vantagens e desejos.
Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas as suas necessidades.
Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bem cumprido.
Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia.
Não é possível que todos realizem as próprias fantasias.
Se isso ocorresse, haveria o caos.
Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social.
O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros, pois o ideal do justo já despertou nele.
Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo que é seu.
Por isso, não avança no patrimônio do semelhante.
Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que os demais não podem ter.
Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto a dele.
Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado ao atendimento das necessidades coletivas.
Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dos outros.
Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual também tem a própria honra em grande conta.
O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda são imaturas as criaturas, sob o prisma espiritual.
Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meios infalíveis de que a vida dispõe.
Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens e posições à custa da própria dignidade.
Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte do corpo.
Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo na verdadeira vida.
Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo, pois terá de recomeçar o aprendizado.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.



Em 30.03.2010.

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